14 de março de 2010

A Feiticeira e a Lua.

Ela disse que precisava ficar longe, mas feito a Lua ela me segue pela noite. Ela me fala sobre a realidade que não se esconde, quando o que me importa são os sonhos que revelo.
Ela me deixa num buraco sem respostas, estou chamando e só meus ecos me alcançam. A Lua paira num céu que vejo mais distante, onde as estrelas são as palavras de um verso, feito pedido que se faz e que se perde, feito a estrela que até o mar os olhos seguem.
Feito a Lua ela me segue pela noite, onde eu olho vejo seu brilho. Falta uma parte dessa Lua essa noite, uma parte como esta que partilho, porém a Lua sempre segue outro caminho, se alguém tentar prender seu brilho.
Feito a Lua, ela revela uma noite, e na escuridão feito um cego eu guio, como alguém que encontra um caminho, mas só depois de estar perdido.
Feito a Lua ela aponta no horizonte, em uma distância que aumenta quando me aproximo, pois a Lua sempre vai brilhar diante da fronte de quem quiser alcançar seu brilho.
Feito a Lua onde mora a feiticeira, um lugar onde sempre haverá magia, feito a Lua vejo ela indo embora, mas ela... antes do raiar do dia.
Feito a Lua que me recusa o sono, ela recusa... enfim trazer meus sonhos, da escuridão da noite para imensidão do dia.

Anderson Borges

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