26 de janeiro de 2010

Da série poesia ainda que tardia (12h pm)

Na velha veia corre sangue novo.
Na antiga sala traço novos planos.
Com os mesmos sapatos outros caminhos.
Das antigas certezas novos enganos.
Na oxidada geladeira um iogurte vencido.
No peito um coração que não se rende.
Sob o abajur uma mosca pousa cansada.
Sobre a minha cama sua luz se acende.
No guarda roupas uma roupa mofa.
Na minha mente uma idéia fixa.
Na casa ao lado um casal se explora.
Pela janela gemidos vem na brisa.
No céu a chuva que precipita.
No chão a fenda quebra rotinas.
No ar a música de um novo dia.
E o tráfego poluido nas narinas.
No Sol meus olhos vão se fechar.
No bip da hora vão se abrir.
No próximo momento onde você vai estar?
Quem sabe o acaso não me perca aí.

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